Luz = Luz do mundo;
Arca de NOÉ = O único caminho para salvação do dilúvio;
Cordeiro = O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo;A escada de Jacó = A saída preparada por Deus, o escape;O Cordeiro Pascal = Cristo nossa Páscoa;A coluna de fogo = Jesus adiante do povo, como pastor, guiando;A rocha de Horebe = Jesus foi ferido pelo juízo de Deus para nos dar água.A serpente de metal = Jesus também foi levantado por nós.
A estrela = Para guiar os salvos.
Poderiam ser apresentados muitos argumentos racionais a favor da autoridade da Bíblia, mas em última análise aceitamos a autoridade que se baseia na fé. Consideramos a Bíblia como a Palavra de Deus a reclamar para si própria uma autoridade decisiva. Nada obstante que nela depositemos toda a confiança, aceitando essa Palavra e a autoridade que nela implica.
É na Bíblia que frequentemente se alude ao fato de se tratar de uma mensagem diretamente outorgada por Deus. Diz-se, por exemplo, que Moisés recebeu de Deus não só as tábuas da lei, mas ainda outras recomendações rituais relativas à manutenção do tabernáculo ou sobre os cuidados a ter com o povo de Israel. É também notória a insistência dos profetas em afirmarem que não são autores daquilo que pregam, mas se trata de uma mensagem recebida de Deus.
Jesus Cristo falou com autoridade porque tinha a consciência de agir como Filho Eterno de Deus, e não apenas como pregador vulgar. A Bíblia é a Palavra de Deus, ela é uma obra completa onde não há contradição, procure observar que no Novo Testamento apenas não são citados oito livros do Antigo Testamento: Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cantares, Obadias, Naum, e Sofonias.
TEORIAS CONTRÁRIAS A AUTORIDADE DA BÍBLIA
A doutrina estabelecida pelo concílio de Trento (1545-1563) é defendida até hoje por muitos teólogos romanos modernos. Aparentemente a igreja católica aceita a Bíblia de uma maneira parecida com a ortodoxa, porém três questões se levantam e evidenciam o seu erro.
a- Ela afirma que na Bíblia devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim, esses livros teriam o mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais;
b- Supõe-se que o texto das Escrituras Sagradas é demasiado obscuro e de difícil interpretação. Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso de dúvida;
c- Eles não consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição derivada diretamente dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.
A palavra revelação vem do grego apokalypsis e significa literalmente o ato de desvendar alguma coisa oculta, para que possa ser vista e reconhecida como ela é.
Podemos falar acerca da revelação tomando-a em dois sentidos:
Revelação no sentido ativo: é a atividade de Deus, enquanto se dá a conhecer aos homens.
Revelação no sentido passivo: é o próprio conhecimento que é comunicado aos homens.
A história de Israel, como nação, sua religião, bem como a igreja, foi o resultado evidente da revelação Divina. Vemos referências abundantes à revelação de Deus nas páginas das Escrituras: Deus revelou-se na aliança efetuada com Abraão: "Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti a tua descendência no decurso das suas gerações’’ Gn 17:7.
Deu a Israel a sua lei: "Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus eu vos falei’’ Ex 20:22.
Podemos considerar alguns exemplos de revelação dada por Deus
1- Original
A Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este pudesse conhecer, amar, servir, e glorificar a sua pessoa. Segundo o relato bíblico, Adão no Éden tinha um conhecimento de Deus que transcende ao nosso entendimento e ao nosso conhecimento. A narrativa da criação mostra dentre outras coisas, que Deus se revela particularmente às suas criaturas. O homem ainda hoje mesmo derrotado, e dominado pelo pecado, sente em seu próprio ser que Deus existe.
Por causa do pecado o ser humano perdeu a possibilidade de aprender e compreender o testemunho interior ou o da criação. Por isso, Deus se manifesta através de uma revelação especial operada pelo Espírito Santo, dentro do homem, fazendo-o voltar-se para ELE.
3- VerbalAtravés de Jesus Cristo o homem tem consciência da vontade de Deus para a sua vida. A encarnação de Cristo como verbo de Deus é a mais completa das revelações, e, no entanto, é da mais difícil compreensão por parte dos homens. Em Atos dos Apóstolos a revelação verbal manifestou-se de múltiplas maneiras, tais como: visões, sonhos, inspirações proféticas que iam da meditação ao êxtase, etc...
O plano de Deus era para o fundamento da fé pessoal, um guia para o cristão, um manual para a igreja, e grandes maravilhosos exemplos, faz da Bíblia um livro completo no sentido de revelar Deus aos homens. O que diferencia a Bíblia de qualquer outro livro é a sua inspiração divina.
DIFERENÇA ENTRE REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Revelação
Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que, por si só, o homem não poderia conhecer.
Inspiração
O Espírito Santo age como um sopro sobre os escritores, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor nesse caso pôde valer-se de outras evidências ou qualquer outro material.
Exemplo
Moisés escreveu o Gênesis, recebendo-o por visões, sonhos, ou mesmo pelo próprio Deus. Temos então REVELAÇÃO. Mas, se ele usou de escritos anteriores, incluindo a tradição, desde que usado pelo Espírito Santo, temos a INSPIRAÇÃO. A palavra inspiração significa normalmente uma influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os autores bíblicos, garantindo que aquilo que escreveram era precisamente o que Deus pretendia que eles escrevessem para a transmissão da verdade divina, podendo por isso, dizerem realmente "inspirados’’ou literalmente "soprados’’ por Deus’’ (2Tm 3:16).
TEORIAS FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
1- Inspiração Natural
Esta ensina que a Bíblia foi escrita por homens talentosos como Sócrates, e outros tantos escritores e poetas.
"O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua" (2Sm 23:2).
2- Inspiração ComumEnsina que da mesma maneira como os escritores da Bíblia foram inspirados, ainda hoje o somos. Quando oramos, cantamos, ou ensinamos a Palavra, estamos inspirados por Deus.
3- Inspiração ParcialEnsina que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. É essa a teoria que afirma que a Bíblia contém em parte a Palavra de Deus. Traz confusão, pois como iríamos saber qual a parte inspirada e a que não tem inspiração!
4- Inspiração Verbal
Ensina que Deus ditou para os escritores aquilo que queria que fosse escrito. Nessa teoria, os homens funcionaram apenas como máquinas ou computadores. Sabemos que Deus usou apenas as faculdades mentais dos homens, mas, deixou livre a sua racionalidade, os seus estilos, atividades, etc...
5- Inspiração das ideias
Ensina que Deus inspirou as idéias, mas não as palavras. Essas ficaram a cargo do escritor.Se a palavra é a expressão da ideia, não podemos separá-las. A inspiração da Bíblia, além de pensada, foi também falada. "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.’’ (1Co 2:13)
TEORIA CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
A Teoria da Inspiração Plena é a que ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas. Os escritores foram capacitados pela cooperação vital, e contínua do Espírito Santo. Os homens escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob a influência do Espírito, o que escreveram foi realmente a Palavra de Deus.
Depois de ter sido escrito o último livro do Novo Testamento, a inspiração plena cessou. Ninguém mais pode dizer inspirado no mesmo sentido dos escritores da Bíblia. Foi uma inspiração especial para que fosse produzido o Livro dos livros, o Livro de Deus.
Materiais usados para os escritos bíblicos
1- Pedra
Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamento escritos em tábuas de pedra (Êx 31:18, 34:1,28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 a.C).
2- Argila
O material de escrita predominante na Assíria, e Babilônia era a argila, preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um forno ou seca ao sol. Milhares desses tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
3- Madeira
Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever.
Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever entre os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
4- Couro
Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre peles de animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo Testamento foi escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam de alguns metros a 30 perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70cm de altura, eram enrolados em um ou dois pedaços de pau.
5- Papiro
É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas. Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa prensa, a fim de aderirem uma às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados colocando juntas as folhas. Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.
6- Velino ou Pergaminho
Velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de Pérgamo (197-158 a.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o seu suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo para o tratamento de peles. O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os termos sejam usados intercambiavelmente, o velino era preparado originalmente com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material foi utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV a.D., ele suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
A FORMAÇÃO DO CÂNON
A palavra Cânon vem do hebraico caneh, é de origem semítica e originalmente significava "instrumentos de medir’’, passou a ser usada para designar a lista de livros reconhecidos como a autêntica, original, inspirada e autorizada Palavra de Deus, diferenciando-os de todos os outros livros como "regra’’ de fé.
Bem cedo na história, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio da Sua revelação ao homem: Os Dez Mandamentos escritos em pedra, (Ex 31:18, Dt. 10:45), Deus mesmo escreveu nas duas tábuas e as deu a Moisés como testemunho da aliança entre Ele e Israel.
Estamos estudando sobre o livro mais importante do mundo. Livro por excelência, o mais vendido e lido em todo o mundo; o maior best-seller de todos os tempos. Falamos das Escrituras Sagradas, ele é um manancial de bênçãos para todas as pessoas, sejam: sábios, leigos, ricos, pobres, raças, tribos, nações, e línguas. Todos podem ser abençoados e alcançados por este livro maravilhoso.
Para o mudo ele é a boca;
Para o cego a visão;
Para o perdido o caminho;
Para o sedento a fonte de água;
Para o marinheiro a bússola;
Para o viajante o mapa;
Para o enfermo o remédio;
Para o desesperado a esperança;
Para o triste a alegria;
Para o infeliz a felicidade;
Para o condenado a salvação;
Para o prisioneiro a liberdade;
Para os salvos ele é tudo, pois nele que encontramos a Palavra de Vida Eterna, nele nós encontramos o caminho que conduz ao céu. Nele nós aprendemos a amar ao Deus Pai, ao Deus Filho, e ao Deus Espírito Santo. É através deste livro que aprendemos que sem Deus nada podemos fazer. (Jo 15:5).
Um dia estávamos perdidos, mas através deste livro, encontramos o caminho. Estávamos com sede e descobrimos nele a fonte de água viva. Foi este livro que nos orientou a buscar respostas certas para todas as nossas dúvidas. Estamos falando da BÍBLIA SAGRADA. Do vocábulo grego "bíblos", temos o plural "Bíblia’’, que quer dizer livros. Daí o nome da nossa Bíblia, um sinônimo de Bíblia é "As Escrituras’’, do grego ta "gramata ou hai graphai" como vemos nos textos:
1- Perguntou-lhe Jesus: nunca lestes nas Escrituras’’ (Mt 21:42).
2- Ainda que não lestes esta Escritura: A pedra... ’’(Mc 12:10)
A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento; (hebraico e grego diatheke), que significa: Aliança, concerto ou testamento.
Contém 66 livros divididos em duas partes, sendo:
Antigo Testamento: 39 livros assim divididos:
Os cinco (05) primeiros, os Livros da Lei, são chamados Pentateuco, escritos por MOISÉS, inspirado pelo Espírito Santo, após tudo já ter acontecido e são eles: Gênesis (Gn), Êxodo (Ex), Levítico (Lv), Números (Nm), Deuteronômio (Dt).
Os Livros Históricos são doze (12):
Josué (Js), Juízes (Jz), Rute (Rt), 1º Samuel (1Sm), 2º Samuel (2Sm), 1º Reis (1Rs), 2º Reis (2Rs), 1º Crônicas (1Cr), 2º Crônicas (2Cr), Esdras (Ed), Neemias (Nee), Ester (Et).
Os Livros Poéticos são cinco (05):
Jó (Jó), Salmos (Sl), Provérbios (Pv), Eclesiastes (Ec), Cantares de Salomão (Ct).
São assim chamados devido ao seu gênero de seu conteúdo, também chamados Devocionais.
Os Livros Proféticos são dezessete (17)
Divididos em dois grupos Profetas Maiores e Profetas Menores. São assim chamados devido a quantidade de escritos de cada profeta.
Profetas Maiores são cinco (05):
Isaías (Is), Jeremias (Jr), Lamentações de Jeremias (Lm), Ezequiel (Ez), e Daniel (Dn).
Profetas Menores são doze (12):
Oséias (Os), Joel (Jl), Amós (Am), Obadias (Ob), Jonas (Jn), Miquéias (Mq), Naum (Na), Habacuque (Hc), Sofonias (Sf), Ageu (Ag), Zacarias (Zc), e Malaquias (Ml).
O Novo Testamento contém vinte e sete (27)
Assim divididos:
Os quatros primeiros são chamados Os Evangelhos, são livros Biográficos e falam da descendência, nascimento virginal, vida, ministério, morte, ressurreição, e ascensão de JESUS.
São eles:
Mateus(Mt), Marcos (Mc), Lucas (Lc), João (Jo).
Livro Histórico, um (01):
Atos dos Apóstolos: que conta a história do nascimento da igreja. E do derramamento do Espírito Santo, podíamos chamá-lo Atos do Espírito Santo.
Epístolas são vinte e uma (21)
Cartas de vários escritores, quem mais escreveu epístolas foi o apóstolo Paulo (13):
São elas:
Aos Romanos (Rm), 1Coríntios (1Co), 2Coríntios (2Co), Aos Gálatas (Gl), Aos Efésios (Ef), Aos Filipenses (Fp), Aos Colossenses (Cl), 1 Tessalonicenses (1Ts), 2Tessalonicenses (2Ts), 1Timóteo (1Tm), 2 Timoteo (2Tm), Tito (Tt), Filemon (Fm), Hebreus (Hb), Tiago (Tg), 1Pedro (1Pe), 2Pedro2 (Pe), 1João (1Jo), 2João (2Jo), 3João (3Jo), Judas (Jd) (irmão de Jesus).
Livro Profético, um (01):
Apocalipse (Ap).
O Antigo Testamento contém:
39 livros;
929 capítulos;
23214 versículos;
592.439 palavras;
2.728.100 letras;
O livro do meio: é Provérbios;
O capítulo do meio: Jó 39;
O livro menor: Obadias;
O menor versículo: Êxodo 20:13, e Deuteronômio 5:17;
O maior versículo da bíblia Ester 8:9.
O Novo Testamento contém:
27 livros;
260 capítulos;
7.959 versículos;
181.253 palavras;
838.380 letras;
O livro do meio: 1Tessalonicenses;
O capítulo do meio: Romanos 13, 14;
Livro menor: 3João;
Versículo menor: Lc 20:30.
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA
Quantas letras tem a Bíblia?
A Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras.
Quantos versículos tem a Bíblia?
A Bíblia, na tradução de Almeida Revista e Corrigida, possui 31.105 versículos (o maior é Et 8.9; o menor é Êx 20.13).
Quantos capítulos tem a Bíblia?
A Bíblia conta com 1189 capítulos.
Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem?
A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França.Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?
A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor francês chamado Robert d’Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no ano de 1551. D’Etiénne morava então em Gênova, na Itália.Qual (is) a(s) primeira(s) Bíblia(s) completa(s) publicada(s) com a divisão de capítulos e versículos?
Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suiça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. (Hoje, as notas históricas dos estudiosos protestantes de Genebra agregadas a novas notas de estudo podem ser encontradas em um recente lançamento da Sociedade Bíblica do Brasil: a Bíblia de Estudo de Genebra.) Em Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.
Toda a Bíblia Sagrada contém
66 livros;
1.189 capítulos;
31.173 versículos;
773.692 palavras;
3.566.480 letras;
Capítulo do meio: Salmos 117;
Livro menor: 3João;
Versículo menor: Lc 20:30;
Versículo maior Ester 8:9.
Analisemos um pouco a diferente Bíblia Católica
Nas Bíblias de edição Católica-Romana, os livros 1 e 2Reis, são chamados de 1 e 2 Paralipômenos, Esdras e Neemias são chamados de 1 e 2Esdras. Também nas edições católicas de Matos Soares, e Antonio Pereira Figueredo o Salmo 9, corresponde na versão João Ferreira de Almeida aos Salmos 9 e 10. O Salmo 10 é o nosso de número 11, e assim segue-se até ao Salmo 145, o 146 e 147 correspondem ao nosso 147. Os últimos três Salmos são iguais em todas as Bíblias. Essa diferença não afeta o conteúdo, pois é a Palavra de Deus.
A Bíblia Católica possui sete livros a mais que a nossa
1- Tobias - Após o livro de Esdras;
2- Judite - Após o livro de Tobias;
3- Sabedoria de Salomão - Após o livro de Cantares;
4- Eclesiástico - Após o livro de Sabedoria de Salomão;
5- Baruque - Após o livro de Jeremias;
6- 1º Macabeus;
7- 2º Macabeus.
Em que língua foi escrita a Bíblia?1) HEBRAICO - Quase todos os 39 Livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico. As letras tipo bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras, frases ou parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados mais tarde (entre 500 e 600 a.D.) pelos eruditos massoretas. O hebraico é conhecido como um dos idiomas semíticos.
2) ARAMAICO - Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua comum na Palestina depois do cativeiro babilônico (500 a.C.) Algumas partes do antigo Testamento foram escritas nesse idioma: uma palavra designando nome de lugar em Gênesis 31:47; um versículo em Jeremias 10:11; cerca de seis capítulos no Livro de Daniel (2:4b - 7:28); e vários capítulos em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26). Aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários séculos. Temos assim algumas palavras aramaicas preservadas para nós no Novo Testamento: Talitha Cumi ("Menina, levanta-te"), em Marcos 5:41; Ephphatha ("Abre-te"), em Marcos 7:34; Eli, Eli lama sabachthani (Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?), em Mateus 27:46. Jesus se dirigia habitualmente a Deus como Abba (aramaico, Pai). Note a influência disto em Romanos 8:15 e Gálatas 4:6. Outra frase comum dos primeiros cristãos era Maranatha (Vem, nosso Senhor), em 1Coríntios 16:22.3) GREGO - Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego - grego Koinê. A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma predominante do século I, tornando assim possível a divulgação do evangelho através de todo o mundo então conhecido.
Aproximadamente quarenta (40) autores escreveram a Bíblia, em quinze (15) séculos, os autores viveram em épocas diferentes e tinham modo de vida também diferentes, cada um escreveu em situações diferentes, por exemplo: Davi escreveu em meio as guerras, Salomão dentro de seu palácio, Moisés no deserto, Jeremias nas masmorras, Paulo atrás das grades...
Eram pessoas de diferentes classes sociais, por exemplo: Davi e Salomãoeram reis e poetas;
Jeremias e Zacarias sacerdotes e profetas;
Daniel era Ministro de Estado;
Lucas era Médico;
João, Pedro, Tiago eram Pescadores;
Amós era homem do campo, cuidava do gado;
Mateus era Funcionário Público;
Paulo era Teólogo e Erudito.
Mesmo com tantas divergências na vida destes homens, a Bíblia é a mais perfeita obra feita pelas mãos do homem, pois nela não há erros, ou parcialidade, ela foi escrita por inspiração de DEUS. O Antigo Testamento se encontra, e se completa no Novo Testamento.
RAZÃO E NECESSIDADE DA BÍBLIADeus se revelou através dos tempos por meio de suas obras, isto é, a criação. "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo...Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos..." (Rm 1:20, Sl 19:1-6), porém na Palavra de Deus temos uma revelação especial e muito maior. É dupla esta revelação e a temos de duas maneiras:
1- Na Bíblia a palavra escrita;
2- Em Cristo a palavra viva.
A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS
É a própria Bíblia que nos traz passagens que desenvolvem em nós o desejo a necessidade de estudá-la.
a)- ... "Santificai a Cristo, como o Senhor em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós’’ (1Pe 3:15). (esse preparo vem pelo estudo das escrituras).
b)- ‘‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15).
c)- "Buscai no livro do Senhor, e lede, nenhuma destas coisas falhará, nem uma, nem outra faltará, porque a boca do Senhor a ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará’’ (Is 34:16).
d)- "A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.’’ (Sl 119:130).
O estudo destes versículos nos conduz a dois pontos importantes que são
a)- Porque devemos estudar a Bíblia;
b)- Como devemos estudar a Bíblia.
Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor.
O crente foi salvo para servir ao Senhor "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.’’ (1Pe 2:9). Entre as promessas de Deus àqueles que conhecem devidamente a sua palavra, temos a do profeta Isaías que diz: "Assim será a palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo que a designei’’ (Is 55:11).
ELA ALIMENTA NOSSA ALMA
"Jesus, porém respondeu e disse, está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus.’’(Mt 4:4).
"Achando as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, oh! Senhor Deus dos Exércitos.’’ (Jr 15:16).
"Desejai ardentemente como criança recém nascida, o genuíno leite espiritual, para que por ele, vós seja dado crescimento para salvação.’’ (1Pe 2:2).
Não há duvida que a leitura da Palavra de Deus trás nutrição para o crescimento de nossa vida espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão para o corpo. Nas passagens citadas ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de (1Pe 2:2), fala do intenso apetite dos recém nascidos assim deve ser o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite pela a Bíblia é sinal de saúde espiritual.
ELA É O INSTRUMENTO QUE O ESPIRITO SANTO USA
"Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus’’ (Ef 6:17). Se em nós houver abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá o instrumento para operar. É preciso, pois meditar nela. "Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e nela medita dia e noite.’’ (Sl 1:2). "Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite... ’’(Js 1:8). É preciso deixar que ela domine todas as esferas de nossa vida, nossos pensamentos, nosso coração, e assim molde todo nosso viver diário. Precisamos ficar alimentados da Palavra de Deus. Um requisito primordial para Deus responder nossas orações é estarmos possuídos pela sua Palavra. Aqui está em parte a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse pela Palavra de Deus. "Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós, pedireis tudo, e vos será concedido’’ (Jo 15:7). Três fatos nos chamam a atenção aqui:
1º- na oração precisamos apoiar a nossa fé nas promessas de Deus, e estas estão na Bíblia;
2º- Por sua vez a Palavra de Deus produz fé em nós (Rm 10:17);
3º- Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14), e o meio de saber a vontade de Deus é a sua Palavra.
ELA ENRIQUECE ESPIRITUALMENTE A VIDA DO CRISTÃO (Sl 119:72)
Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito Santo "Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda o Espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento DELE’’ (Ef 1:17). A pessoa que procura entender a Bíblia somente através da capacidade intelectual, muito cedo desistirá da leitura. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus. (1Co 2:10)
COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
Leia a Bíblia conhecendo o seu autor
Isto é muito importante, é o único livro que você lê, com o autor te auxiliando, presente na leitura.
Leia a Bíblia diariamente ( Dt 17:19)
É estimado que 90% dos crentes não fazem este exercício diariamente, por isso não podemos estranhar haver tantos frios nas igrejas. Mais do que isso, são anões, raquíticos, mundanos, carnais, e indiferentes, nervosos, iracundos e sem crescimento espiritual. Assim Deus não nos revelará as suas verdades profundas (Jo 16:12; Hb 5:13; Mc 4:33). Existem pessoas que acham tempo para tudo, menos para ler a Bíblia. Alimentam-se de tantas outras coisas que se enfadam e não se nutrem da Bíblia. Não podemos esquecer que muitos líderes de muitas igrejas não levam o povo a ler a Bíblia. Não basta ir aos cultos, nem só ouvir lindos sermões, comer o que lhe derem na boca, é necessário urgente voltar para a leitura da Palavra de Deus. Pois assim se ninguém lhe der de comer morrerás por falta de nutrição espiritual.
Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual
Para obter êxito na leitura da Bíblia, para guardar em todo o momento é necessário tomar algumas precauções, tais como:
a- Estudá-la como Palavra de Deus e não como obra literária;
b- Estudá-la com o coração e atitude devocional, e não apenas com o intelecto.
As riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor, "Pelo que rejeitando a imundícia e toda superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas’’. (Tg 1:21). Quanto maior for nossa comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais repletos de frutos são os que mais se abaixam. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do seu ensino, aceitá-lo, praticá-lo e ensiná-lo. A dúvida ou descrença, cega o leitor. "E ele lhes disse: Oh! Néscios e tardos de coração para crer em tudo aquilo que os profetas disseram’’ (Lc 24:25).
Leia a Bíblia devagar e meditando
Assim fizeram os grandes nomes da Bíblia "Bendito és tu, oh! Senhor; ensina-me os teus estatutos. Desvia os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei’’ (Sl 119:12,18). Na presença do Senhor, em oração, as coisas incompreensíveis passam a ser compreendida. "Quando pensava em compreender isto, fiquei sobre modo perturbado. Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.’’ (Sl 73:16,17). A meditação aprofunda o sentido. Muitos lêem a Bíblia para estabelecer recordes de leitura somente. Ao lê-la aplica-a primeiro em si próprio, senão, não haverá virtude nenhuma.
Leia a Bíblia toda
Há nisso uma riqueza incomparável, é a maneira única de conhecermos a verdade completa do que trata a Bíblia. A revelação de Deus é progressiva, como entender um livro se não completou a leitura deste. Não existe ainda no mundo algo tão incomparável como este livro. Nada o substitui, e nada se iguala. "As profundidades das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos. Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? (Rm 11:33, 34, 1Co 13:12, Dt 29:29). Muitos começam a ler a Bíblia e param no meio do caminho, não persistem, não buscam em Deus os recursos necessários para prosseguir. É o Espírito Santo quem revela para nós, o que não entendemos.
O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia, ela é CRISTOCENTRICA, foi ELE que disse:"São estas palavras que vos disse estando ainda convosco, que convinha que cumprisse tudo que de mim estava escrito na lei, nos profetas, e nos salmos.’’ (Lc 24:44). E também, "Examinai as escrituras, porque vos cuidais ter nela as palavras de vida eterna, e são elas que de mim testificam.’’ (Jo 5:39).
Se observarmos bem ao estudarmos a Bíblia veremos tipos, figuras, símbolos, profecias que falam apontam para Jesus em todo Antigo Testamento.
a)- Em Gênesis ELE é a semente da mulher;
b)- Em Êxodo ELE é o cordeiro pascoal;
c)- Levítico, sacerdote expiatório;
d)- Números, a rocha ferida;
e)- Deuteronômio, o profeta;
f)- Josué, o capitão dos exércitos;
g)- Juízes, o libertador;
h)- Rute, o parente divino;
i)- Reis e Crônicas, o rei prometido;
j)- Ester, o advogado;
k)- Jó, o nosso redentor que vive;
l)- Salmos, o nosso socorro e alegria;
m)- Provérbios, a sabedoria de Deus;
n)- Cantares de Salomão, o nosso amado;
o)- Eclesiastes, o alvo verdadeiro;
p)- Nos profetas, o messias prometido;
q)- Nos evangelhos, o salvador do mundo;
r)- Atos, o Cristo ressurgido e poderoso;
s)- Nas epístolas, o cabeça da igreja;
t)- Apocalipse, o Alfa e o Omega, o Cristo que volta para reinar.
Se crermos que Jesus é o centro da Bíblia, podemos definir os 66 livros em quatro partes
1- Preparação: todo o Antigo Testamento trata da preparação do nascimento de Jesus. (Mq 5:2)
2- Manifestação: Os evangelhos tratam da encarnação, manifestação, e vida de Jesus. (Lc 1:28; Jo 1:1)
3- Explanação: As Epístolas dão a explanação da doutrina de Jesus.
4- Consumação: O Apocalipse trata da consumação de todas as coisas preditas através de Jesus.
A PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
Ainda que aceitemos a harmonia e a unidade da Bíblia como prova contundente de que ela é divinamente inspirada, faz se necessário dar outras provas dessa natureza, vejamos:
a) Jesus aprovou a Bíblia:
Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; crêem que ELE fez milagres, confiam na sua ressurreição e ascensão, mas não aceitam a Bíblia.
Jesus em relação à Bíblia:
1- Leu: Lc 4:16-20;
2- Ensinou: Lc 24:27;
3- Chamou-a... "Palavra de Deus...’’ Mc 7:13;
4- Cumpriu a Bíblia: Lc 24:44.
b- O testemunho do Espírito Santo na vida do crente
A cada pessoa que aceita Jesus como salvador, o Espírito Santo põe em sua alma a certeza quanto a autoria da Bíblia. É uma coisa automática. Não seria necessário ensinar isso, quem de fato aceita a Jesus, aceita a Bíblia num todo como a Palavra de Deus. "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.’’ (Jo 17:17). E ainda "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.’’ (Rm 8:16).
c- O cumprimento fiel das Profecias da Bíblia
Inúmeras profecias da Bíblia se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; várias outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras cumprir-se-ão daqui para frente. As profecias sobre o Messias, por exemplo, proferidas séculos antes do Seu nascimento, cumpriram literalmente com toda precisão quanto ao tempo, local e outros detalhes. (Gn 49:10; Is 7:14; 53; Dn 9:24-26; Mq 5:2; Zc 9:9; Sl 22; etc). O cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina. O que Deus disse sucederá, Jeremias 1.12. Graças a Deus por tão sublime e glorioso livro!
Observemos que a Bíblia é completa e maravilhosa, mas ainda podíamos dizer que ela é:
1- Sempre maravilhosa e inesgotável;
2- É familiar em cada povo;
3- Familiar em cada indivíduo;
4- Familiar em qualquer lugar;
5- É superior em relação a qualquer livro;
6- Nela contém apenas verdades;
7- Ela é imparcial;
8- Ela nos faz diferentes;
9- Ela influencia pessoas e nações;
10- Ela pode transformar o mundo.
DEVEMOS CONSIDERAR AO ESTUDAR A BÍBLIA
a- Relação entre séculos e anos
Século I = 1 a 100 anos;
Século II = 101 a 200 anos;
Século III = 201 A 300 anos;
Século XX = 1901 a 2000 anos;
Séculos XXI = 2001 a 2100 anos.
b- A era antes de Cristo (a.C)
A contagem antes de Cristo é regressiva, isto é parte de Cristo para a criação, que se juntássemos tudo daria (4004 anos). Exemplo: o profeta Isaias pregou em mais ou menos 800 a.C, ou seja, após a pregação passaram-se 800 anos e nasceu Jesus.
O TEMPO E SUAS DIVISÕES
1- O dia natural, ou seja, o período que há luz, entre os Judeus e os Romanos era contabilizado em 12 horas. (Jo 11:9), nos dias do Novo Testamento
a- A hora primeira era as seis da manhã;
c- A hora sexta era ao meio dia;
d- A terceira, e a sexta, e a nona hora, eram de oração, e adoração;
e- Antes da terceira hora os Judeus não comiam, nem bebiam. (At. 2:15).
2- No Antigo Testamento o dia (período de luz), era dividido em três tempos:
a- Manhã = 6 às 10 horas.
b- Calor do dia =10 às 14 horas.
c- Frescor da tarde =14 às 18 horas.
O dia civil era contado de um por do sol ao outro (Lv. 23:32)
3- As noites no Antigo Testamento eram divididas em três vigílias.
a- Primeira vigília = 6 às 10 que é igual a 18 às 22 horas.
b- Segunda vigília = 10 às 02 que é igual a 22 às 02 horas da manhã.
c- Terceira vigília = 02 às 06 da manhã (Lm. 2:19, Jz. 7:19, Ex. 14:24)
4)- As noites no Novo Testamento eram divididas em quatro vigílias
a- Primeira = à tarde, 6 às 9 (18 às 21 horas).
b- Segunda = meia noite, 9 às 12 (21 às 24 horas).
c- Terceira = cantar do galo, 24 às 03 horas.
d- Quarta = manhã, 03 às 06 horas.
A VIDA, COSTUMES, CURIOSIDADES DOS POVOS BÍBLICOS
A vida com seus usos, costumes, e leis diferem entre os povos, vejamos alguns acontecimentos:
O juramento com a mão sob a coxa
Significava submissão, obediência, irrestrita. Por isso Abraão exigiu que seu servo o fizesse antes de buscar Rebeca (Gn 24). E Deus prosperou o caminho deles.
Rasgar as vestes (Gn 37:37).
Era demonstração de luto, lamento, tristeza. A Bíblia traz 28 casos relatados. Havia um caso especial os Sacerdotes não podiam fazê-lo (Lv 10:6). Porém houve um caso em Mateus que um sacerdote rasgou as vestes sem razão (Mt 26:65).
Cavalgar sobre jumentas brancas (Jz 5:10).
Era então costume exclusivo dos Reis, Juizes, fidalgos sem exceção.
Semeadura de sal (Jz 9:45)
Tal ato significava desolação perpétua sobre o local, castigo perene.
Maria desposada com José (Mt 1:8)
Na linguagem do antigo testamento, o termo significa noivos, conforme vemos em (Dt 20:7; 22:23-24). Naqueles tempos, em Israel, o noivado era ato seríssimo. E de fato o é, os noivos tinham responsabilidades como se fossem casados. Em Israel, o noivado era o primeiro ato do casamento. Na ocasião o noivo entregava a noiva o contrato de casamento, ou uma moeda escrita: "consagrada a mim.".
O vinagre oferecido a Jesus na cruz (Mt 27:48).
Tal procedimento era usado então para aumentar o sofrimento das vítimas, visto que aumenta as dores e faz sangrar as feridas.
A ordem de Jesus: A ninguém saudeis pelo caminho (Lc 5:19)
Não se tratava de indelicadeza, o tempo que restava era pouco, e as saudações orientais tomavam muito tempo, não somente devido a troca de expressões formais, mas também devido as poses que o corpo assumia. Se os enviados por Jesus fossem cumprimentar o povo segundo a maneira usual, ai do tempo.
O caminho de um sábado (At 1:12)
É o percurso permitido ao judeu caminhar no dia de sábado. Era o espaço da extremidade de um arraial das tribos, ao tabernáculo, quando no deserto, equivalente a 2000 côvados ou 1,200 metros (Jz 3:4).
LIVRO DE SALMOS
É um dos livros poéticos, e podemos aprender muito com os escritores deste livro, vamos observar alguns detalhes importantes
a- Davi escreveu: 73 salmos.
b- Asafe: 12;
4- Filhos de Core: 9;
5- Salomão: 2;
6- Etã, Hamã, e Moisés: 1 cada.
Tipos de Salmos
Didáticos (1, 15, 50, 94) - visavam instruir ao povo no caminho do bem e prosperidade espiritual.
Gratidão e louvor (30, 75, 105, 106, 146, 150) - falava da gratidão e louvor que o Salmista elevava a Deus.
Históricos (77, 81, 114, 137 - são recordações de acontecimentos e incidentes da história dos Judeus, envolvendo escravidão, êxodo, guerras, cativeiro, etc...
Imprecatórios (35, 58, 59, 109) - a palavra imprecar significa pedir a Deus que amaldiçoe alguém ou algo. Estes salmos são invocações de males contra os inimigos...
Salmos da lei (19 e 119) - Estes proclamam a grandeza e a bondade das palavras e decretos de Deus. Salientam as bênçãos que aguardam aqueles que a praticam.
Salmos da natureza (8, 29, 104).
Estes falam do poder criador de Deus, manifesto no universo.
Salmos de súplica (5, 17, 71, 86) - Através deste o salmista clama por socorro.
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BÍBLICA
Período antidiluviano - 1656 anos (Gn 2:5).
Adão foi criado em 4004 a.C.
O dilúvio ocorreu em 2348 a.C.
Nesse tempo Babilônia era o berço da humanidade, atingindo elevado grau de civilização.
Período do dilúvio à dispersão das raças -100 anos
2348 a 2248 a.C.
Nascimento de Abraão 1996 a.C.
Período dos patriarcas Gn 12 a Ex 12 - 430 anos
Da chamada de Abraão ao Êxodo 1921 a 1491 a.C.
Chamada de Abraão 1921 a.C.
Do dilúvio a chamada de Abraão 427 anos.
Período no deserto, e conquista de Canaã (Ex 13; a Js 24).
Êxodo a chegada em Canaã 1491-1445 a.C.
Período no deserto 40 anos Nm 10:11; Dt 2:14.
Período da Teocracia = 345 anos (Jz 1 a 1 Sm 10).
Época de Juízes até Samuel 1445-1100 a.C.
Período da monarquia 120 anos (1053 a 933 a.C)
Esse período compreende apenas o reinado em Israel, sendo Saul, Davi, Salomão.
Período do reino dividido 350 anos (Israel e Judá 933 a 583 a.C).
Período que inclui cativeiro e restauração de Israel (583 a 432 a.C).
431 anos a.C até o Novo Testamento (do livro de Malaquias a Mateus), anos em que Deus ficou em silêncio não falou com o homem. Quando então foram criados os livros apócrifos, por inspiração humana.
Quem escreveu os livros da Bíblia?
Conferir tabela abaixo. Nem todos os escritores são conhecidos. O ponto de interrogação assinala este desconhecimento.
Quando os livros foram escritos?
Conferir tabela abaixo. Nem todas as datas são precisas ou conhecidas. O ponto de interrogação assinala esta imprecisão ou desconhecimento.
ANTIGO TESTAMENTO
LIVRO - ESCRITOR(ES) - DATA APROXIMADA
Gn-Moisés-séc. XIV aC.
Êx-Moisés-séc. XIV aC.
Lv-Moisés-séc. XIV aC.
Nm-Moisés-séc. XIV aC.
Dt-Moisés-séc. XIV aC.
Js-?-séc. XIV-XIII aC.
Jz-?-séc. XIII-XII aC.
Rt-?-séc. XIII-XII aC.
1Sm-Samuel e outros-séc. XI aC.
2Sm-Samuel e outros-séc. XI aC.
1Rs-?-séc. X-VI aC.
2Rs-?-séc. X-VI aC.
1Cr-?-séc. X-VI aC.
2Cr-?-séc. X-VI aC.
Ed-Esdras ou Neemias-séc. VI-V aC.
Ne-Esdras ou Neemias-séc. VI-V aC.
Et-?-séc. VI-V aC.
Jó-?-?
Sl-Davi e outros-séc. XII-V aC.
Pv-Salomão e outros-séc. X-IX aC.
Ec-Salomão-séc. X-IX aC.
Ct-Salomão-séc. X-IX aC.
Is-Isaías-séc. VIII aC.
Jr-Jeremias-séc. VI aC.
Lm-Jeremias-séc. VI aC.
Ez-Ezequiel-séc. VI aC.
Dn-Daniel-séc. VI-V aC.
Os-Oséias-séc. VIII aC.
Jl-Joel-séc. VIII-VII aC.
Am-Amós-séc. VIII aC.
Ob-Obadias-séc. VII-VI aC.
Jn-Jonas-séc. VII-VI aC.
Mq-Miquéias-séc. VII-VI aC.
Na-Naum-séc. VI aC.
Hc-Habacuque-séc. VII-VI aC.
Sf-Sofonias-séc. VII-VI aC.
Ag-Ageu-séc. VI-V aC.
Zc-Zacarias-séc. VI-V aC.
Ml-Malaquias-séc. VI-V aC.
NOVO TESTAMENTO
LIVRO – ESCRITOR (ES) - DATA APROXIMADA
Mt-Mateus-sec. I dC.
Mc-Marcos (e Pedro)-sec. I dC.
Lc-Lucas-sec. I dC.
Jo-João-sec. I dC.
At-Lucas-sec. I dC.
Rm-Paulo-sec. I dC.
1Co-Paulo-sec. I dC.
2Co-Paulo-sec. I dC.
Gl-Paulo-sec. I dC.
Ef-Paulo-sec. I dC.
Fp-Paulo-sec. I dC.
Cl-Paulo-sec. I dC.
1Ts-Paulo-sec. I dC.
2Ts-Paulo-sec. I dC.
1Tm-Paulo-sec. I dC.
2Tm-Paulo-sec. I dC.
Tt-Paulo-sec. I dC.
Fm-Paulo-sec. I dC.
Hb-?-sec. I dC.
Tg-Tiago-sec. I dC.
1Pe-Pedro-sec. I dC.
2Pe-Pedro-sec. I dC.
1Jo-João-sec. I dC.
2Jo-João-sec. I dC.
3Jo-João-sec. I dC.
Jd-Judas-sec. I dC.
Ap-João-sec. I dC.
O que vem a ser Livros Sinóticos?
A palavra Sinópticos vem do grego sun, "junto com’’, e ópsis, "visão’’, dando a entender uma visão conjunta sobre algo, uma visão de um mesmo ângulo. Esse adjetivo é aplicado aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque seu ponto de vista sobre a vida de Cristo concorda e é praticamente o mesmo. Um grande fato relatado e serve de exemplo de sinótico para nós é a passagem da conversa de Jesus com o jovem rico. Mt 19:16; Mc 10:17; Lc 18:18. Supõem os estudiosos que primeiro foi escrito Marcos e os demais são cópias, pois dos 661 versículos de Marcos cerca de 600 estão inseridos em Mateus, e 330 em Lucas. As diferenças são que Mateus escreveu para os Judeus, Marcos aosRomanos, e Lucas aos Gregos. Obs: O evangelho de João foi escrito para a igreja, que somos nós.
AS POTÊNCIAS MUNDIAIS DOS TEMPOS BÍBLICOS
O mundo dos tempos bíblicos viveu dominado por seis grandes potências mundiais. Cada uma dessas teve sua participação no plano divino, interferindo na história de Israel e contribuindo de certa maneira para a preparação do mundo para o advento de Cristo.
1- Império Egípcio
De 1600 a 1200 a.C. da Etiópia ao Eufrates, Dinastias XVIII e XIX, Israel estava no Egito, Canaã era província egípcia. O Egito foi fundado por Mizrain, filho de Cão, logo após o dilúvio (Gn 10:6,13).
2- Império Assírio
De 883 a 607 a.C. Destruiu o Reino do Norte (Israel), em 721 a.C, e cobrou tributo de Judá. Levou o Reino do Norte em cativeiro (734-721 a.C). Eram cruéis e inspiravam terror. A Assíria foi fundada por Assur (Gn 10). Como Império Mundial a Assíria tem mais relação com o Reino do Norte (Israel).
3- Império Babilônico
De 606 a 536 a.C Destruiu Jerusalém e o templo de Salomão. Levou Judá em cativeiro. Foi Império mundial durante o tempo em que Israel esteve cativo (70anos). Enquanto o Império Assírio se preocupou com o Reino do Norte, o Império Babilônico preocupou-se com o Reino do sul (Judá). Como Império mundial teve seis reis.
4- Império Medo-Persa
De 536 a 331 a.C. Em 536 Ciro o Grande venceu a Babilônia e decretou a volta dos judeus, os quais voltaram a se organizar como nação.
5- Império Grego
Foi o Império que governou a Palestina entre os dois Testamentos 331 a 146 a.C. Alexandre, O Grande, foi tolerante e benevolente para com os judeus.
6- Império Romano
Império que governava o mundo quando cristo apareceu, de 146 a.C a 476 a.D. Nessa época a igreja foi fundada. Mas conforme a visão que Deus deu a Daniel da estátua, esse seria o último Império mundial.
DISPENSAÇÕES
Nas Épocas vemos o homem em relação a Deus; nas dispensações vemos Deus em relação ao homem. Devemos ter em nossa mente que Deus não somente tem falado de muitas maneiras, mas também em diversos tempos. A falta de observância dos tempos, ou dispensações da Bíblia, podem nos conduzir a um caminho errado, criar dificuldades e ofuscar a verdadeira significação das Escrituras. O estudo das dispensações não deve ser compreendido dentro da rigidez histórica ou fatalista. Trata-se de uma tentativa de compreensão teológica da Bíblia, de acordo com os seus relatos. Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado a respeito da sua obediência, a certa revelação da vontade de Deus.
São sete as dispensações
1- Inocência Gn 2:6 a 3:24
a- Palavra chave: inocência.
b- Propósito: provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em clima de perfeição e circunstâncias absolutamente favoráveis, bem como seu livre arbítrio, com capacidade para: pensar-intelecto; sentir-emoção; escolher-vontade.
c- Revelação: pela palavra; e pela presença.
d- personagem principal: Adão, e Eva.
e- Concerto Divino: os quatro pontos da aliança Edêmica.
Encher a terra; comer do fruto da terra; guardar o jardim; não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal.
f- Ato de desobediência: em relação a Palavra de Deus:
Dúvida; adição; contradição; falsa interpretação; tentação para desobedecer; transgressão.
g- Julgamento Divino: Sobre a serpente; sobre a mulher; sobre o homem.
2- Consciência Gn 3:1- 8:4 - (1656 anos)
a- Palavra chave: consciência.
b- Propósito: provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus num clima de liberdade, e segundo os ditames de sua própria consciência.
c- Revelação: a redenção do homem. O sacrifício de Abel prefigura o sacrifício definitivo de Cristo, o cordeiro de Deus.(Ap.13:8; Hb 11:4; Gn 4:4)
d- Personagens principais: Enoque, e Noé.
e- Concerto Divino: a fé em Deus. (Hb 11:4-7).
f- Atos de desobediência: de Caim a Lameque, existe um aumento surpreendente, progressivo de desobediência, de modo a absorver a linhagem fiel, os filhos de Sete, levando o mundo da época a um estado de violência e apostasia.
g- Julgamento Divino: o juízo de Deus manifestou-se através do dilúvio que caiu sobre a terra. (Obs: a arca representa o refugio de Deus contra seu próprio juízo).
3- Governo humano (Gn: 8:15 a 11:32) (do dilúvio a dispersão)
a- Palavra chave: governo humano.
b- Propósito: provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em um sistema de consciência.
c- Revelação: a Palavra de Deus expressa a Noé, o homem que foi achado justo diante de Deus.
d- Personagens principais: Noé, Sem, Cão, Jafé.
e- Concerto Divino: Deus assinala o centro das Suas relações com a criatura humana. Tal concerto inclui os seguintes postulados básicos: o povo deveria multiplicar-se; encher a terra; alimentar-se da carne; arco íris como sinal de aliança.
f- Atos de desobediência. Ninrode, neto de Cão, por Cush, criou o imperialismo e tentou unir o mundo incitando os homens a construir uma torre que chegaria até aos céus. (Gn 11:4; Ap 16:14- e 19:19)
g- Juízo divino: a dispersão. Outra vez a trindade conferenciou entre si. (Gn 3:22, 6:7, 11: 5 e 7).
A confusão de línguas em Babel foi o resultado.
4- Patriarcal (Gn 12:1 a Ex 12:37) Da chamada de Abraão ao Êxodo do Egito. Cerca de 630 anos
a- Palavra chave: promessa.
b- Propósito: levar Abraão e seus descendentes a terem fé em Deus e obedecerem a Jeová. Sua família seria a nação escolhida, que se tornaria precursora do Redentor, o Messias da promessa de Gênesis 3:15.
c- Revelação: Deus apareceu a Abraão seis vezes: Gn 12:1-3,7; 13:14,17; 15:1-21; 18:1-33; 22:1-8. Revelou-lhe Seus propósito e Sua vontade.
d- Personagem principal: Abraão.
e- Concerto divino: com Abraão Gn 12:2,3; 13:15; 15:1; 17:7. com sua descendência Gn 15:4-17,19.
f- Atos de desobediência: são três, desceu ao Egito contrário a vontade de Deus; tomou Agar por mulher, o que resultou um mal até nossos dias; mentiu a Abimeleque.
g- Juízo de Deus: sobre o Egito. (Ex 7:14)
Obs: os 430 anos que Israel passou no Egito (Ex 12:40) foi um período do qual só se tem amargas recordações.
5- Da lei - Desde o Êxodo do Egito até a crucificação de Cristo. Sendo que Jesus foi o ultimo homem a obrigado guardar a lei
a- Palavra chave: lei (aparece 516 vezes na Bíblia).
b- Propósito: testar a obediência de Israel, capacitando-os a se tornarem instrumentos e porta-voz da revelação de Deus numa preparação final para a vinda do Messias.
c- Revelação: a Bíblia apresenta uma tríplice revelação: Os dez mandamentos; ordenanças; cerimônias.
d- Personagens principais: Moisés, Arão, Josué, Samuel, Davi, e outros.
e- Concerto divino: os dez mandamentos (Ex 20).
f- Atos de desobediência. (Is 1: 11-17).
g- Juízo divino: há um duplo aspecto do julgamento divino no final desta dispensação: - os pecados de Israel e de outros povos, punidos e julgados na cruz (Jo 12:27-33; 19:16-30; At 2:36; Cl 2:14-17; 1ª Pe 2:24 ): – como nação que rejeitou a Cristo, Israel foi punido com a rejeição de Deus, perda do Seu reino e dispersão milenar.( Mt 21:33-46; Lc 21:20-24).
6- Da graça - Desde a crucificação até o arrebatamento da igreja. Visivelmente o inicio da igreja data do dia de pentecostes (ano 30) em Jerusalém
a- Palavra chave: graça.
Não dispensa ordenanças. Há 1050 mandamentos no Novo Testamento.
b- Propósitos: chamar para fora do mundo um povo para o nome de Jesus (At 15:14-17; Mc 15:16; Ef 1:4-22).
c- Revelação: existem três aspectos da revelação de Deus:
Deus revela-se ao homem em forma do homem; a revelação do Espírito de Deus nos crentes; a revelação escrita, a Palavra de Deus.
d- Personagem principal: Jesus Cristo.
e- Concerto divino: feito pelo sangue de Jesus Cristo, seu pacto é extensivo a todos os homens de fé nesta dispensação. (Gl 3:15; Hb 9:12-20, 10:29; 1ª Pe 1:4).
f- Atos de desobediência: (Ap 22:15; 1ª Pe 4:17 ).
g- Juízo divino: Nota-se dois tipos de juízos.
h- A grande tribulação para o mundo;
i- O tribunal de Cristo, para os cristãos.
7- Milênio - Seu início se dará com a manifestação de Cristo e findará com a instalação do Grande Trono Branco ( Ap 20:11-15)
a- Palavra chave: regeneração (Mt 19:28).
b- Propósito: consumar todas as alianças feitas com o homem; estabelecer a justiça e a paz na terra; exaltar a soberania universal de Cristo; restaurar a posição de Israel como cabeça das nações e sede do governo Teocrático; exaltar os santos de todos os tempos; subjugar todos os inimigos do Senhor.
c- Revelação: governo pessoal de Deus. (Is 52:7; Lc 1:32-33).
d- Personagens principais: Jesus Cristo, a igreja, os Santos de todos os tempos e Israel.
f- Ato de desobediência: o principal ocorrerá no fim do milênio (Ap 20:7-9)
g- Concerto divino: o fim das dispensações os novos céus e a nova terra, e a continuação da eternidade.
h- Juízo divino: sobre satanás (Ap 20:10); e sobre os homens. (Ap 20:11-15; 21:1-7).
"Então já não haverá noite, nem precisam eles de luz da candeia, nem a luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos’’ (Ap 22:5).
NOÇÕES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICA
Geografia Bíblica é a parte da Geografia Geral que estuda as terras e os povos bíblicos, bem como a matéria de natureza geográfica, contida no texto bíblico, que de passagem se diga, é de fato, abundante.
A importância da Geografia Bíblica
É de muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e compreensão da Bíblia. Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros tornam-se claros quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia. Um exame, mesmo superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras, povos, montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da Natureza.
O porquê dessa importância
1. A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso.
2. Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentar os mesmos. Através dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais expressivas. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar, mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jerusalém para Jericó") (Dt 1.7) (aí nós temos uma profunda aula de geografia da Terra Prometida.)
3. O estudo da geografia bíblica da Palestina (Israel bíblico) e as nações circunvizinhas esclarecem muitos fatos e ensinos constantes das Escrituras.
4. As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista. Ler Dt 32:8; At 17:26.
Fontes de estudo da geografia bíblica
1. A Bíblia. É a fonte principal. Ela faz menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações, cidades. É evidente que isto merece um cuidadoso estudo. A Bíblia contém capítulos inteiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; Js 15-21; Nm 33, 34; Ez 45-47. Somente cidades da PalestinOcidental a Bíblia registra cerca de 600. Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia. Um problema com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande número de países, cidades, regiões inteiras e outros elementos geográficos, terem atualmente novos nomes. Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é parte do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo (2Tm 4.10) é hoje a área da extinta Iugoslávia (Sérvia e Montenegro, Croácia, e outros países menores), e etc...
2. A Arqueologia Bíblica. Esta, tem prestado enorme contribuição para a elucidação de dificuldades bíblicas e trazido à tona a história de povos do passado, considerados como lendários, como o caso dos hititas, mitânios e hicsos. A arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava cuidando de interesses ingleses.
3. A História Geral. Aqui é preciso certa cautela. Muitos manuais hoje em uso no estudo secular estão cheios de erros, por seus autores desconhecerem a Bíblia. Existem vários casos documentados.
4. A Cartografia. A ciência dos mapas. Certas editoras especializadas editam atlas emapas bíblicos, apropriados ao estudo da Geografia Bíblica. Os mapas mais importantes do mundo bíblico são os quatro seguintes:
Mundo Bíblico do AT;
Mundo Bíblico do NT;
A Palestina do AT;
A Palestina do NT.
O profeta Ezequiel, por ordem divina traçou num tijolo a cidade de Jerusalém, (Ez 4:1). Temos aqui uma noção de mapa bíblico.
A extensão do mundo bíblico
O mundo bíblico situa-se no atual Oriente Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo. É ele o berço da raça humana. Mas precisamente a Mesopotâmia, nas planícies entre os rios Tigre e Eufrates. Foi daqui que partiram as primeiras civilizações. Na dispersão das raças após o Dilúvio (Gn 10 e 11), Sem povoou o sudoeste da Ásia. Cão povoou a África, Canaã e a península arábica. Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
Limites do mundo bíblico
Ao Norte: Da Espanha ao Mar Cáspio
A Leste: Do Mar Cáspio ao Mar Arábico (Oceano Indico)
Ao Sul: Do Mar Arábico à Líbia.
A Oeste: Da Líbia à Espanha.
Regiões, áreas e países do mundo bíblico
Acidentes naturais. Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos para isso.
1- Mesopotâmia (Gn 24.10; At 2.9; Dt 23.4) Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuais de História Geral declaram, ser o Egito o berço da humanidade. A verdade está na Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopotâmia destacam-se dois países:
Babilônia, de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11:24); Sinear (Gn 14:1); Súmer. É o sul da Mesopotamia.
Assíria, (Gn 2:14; 10:11) É o norte da Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: Nínive, destruída em 607 a.C. A Oeste ficava o reino de Mari. Os Mitânios habitavam em volta de Haran, ao Norte da Assíria.
2- Arábia. Capital: Petra (gr); Sela (heb.) Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Aí, Israel peregrinou em demanda de Canaã. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente aí (1Rs 9.28). A parte da península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi dada aí e o tabernáculo erigido a primeira vez.
3- Pérsia. Hoje parte do Irã. Capitais, teve as seguintes, pela ordem: Ecbátana, Pasárgada, Susã, Persópolis. Foi cenário do livro de Ester e parte do de Daniel. Aí, primeiramente floresceram os medos. Depois os persasassumiram a liderança. Ver At 2.9. A Média, quando na supremacia tinha por capital Hamadã (entre os gregos Ecbátana.)
4- Elam. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã (Gn 14:1; At 2:9).
5- Armênia ou Arará: Cap. 6 de Gênesis.
6- Síria. Mesmo que Arã. (Não confundir com Haran.) Capital: Damasco, Is 7:8. Seu território não é o mesmo da Síria moderna, At 11:26: Nos dias de Jesus tornara-se sede da província romana, da qual fazia parte a Palestina, Lc 2:2. A capital dessa província era Antioquia. A Síria era na época governada por um legado romano.
7- Fenícia. Hoje, Líbano, em parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Navegantes famosos. Primitivos exploradores. Fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Tunis) Nosso alfabeto vem dos fenícios, cerca de 1500 a.C. Ver Mt 15:21; 11:22; 1Rs 9:26-28.
8- Egito. É o país mais citado na Bíblia depois da Palestina. Em hebraico seu nome é Mizraim, Gn 10.6. Teve, várias capitais nos tempos bíblicos. Parte do seu futuro, profeticamente falando, está em Ez 29:15. Fica ao Norte da África.
9- Etiópia. Fica ao Sul do Egito. Segundo Gn 2:13, existia outra Etiópia na região Norte da Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hb). A profecia de Sl 68:31 a respeito da Etiópia, teve seu cumprimento a partir de At 8:26-39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia compreende hoje a Abissínia e a Somália.
10- Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de Cirene - cidade da Líbia, Mt 27:32. Igualmente, no dia de Pentecoste estavam cireneus em Jerusalém, At 2:10.
11- Ásia. A Ásia dos tempos bíblicos nada tinha com o atual continente asiático. Era uma província romana situada na parte ocidental da chamada Ásia menor ou Anatólia. Ler At 6:9; 19.22; 27:2; I Pe 1.1; Ap 1:4,11. Capital dessa província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor compreende hoje o território da Turquia.
12- Grécia ou Hélade, At 20:2. No Antigo Testamento, em hebraico, éJavan ou Iônia, Gn 10:4,5. A maior parte da Grécia Antiga era conhecida pelo nome de Acaia (At 18:12), nome esse derivado dos Aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testamento a Grécia era constituída de Estados isolados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano.
13- Macedônia, At 19.21. Ficava ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do território de vários países, a saber: norte da Grécia, sul da Bulgária, Iugoslávia, e parte da Turquia. O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A capital da Macedônia era Pella.
14- Ilírico, Rm 15.19. Região européia onde Paulo ministrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de 2Tm 4.10.
15- Itália, At 27:1; Hb 13:24. País banhado pelo Mediterrâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado um diminuto reino em 753 a.C, que mais tarde viria a ser senhor absoluto do mundo conhecido - O Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro.
16- Espanha, Rm 15.24,28. Paulo manifestou o propósito de viajar para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a cidade de Tarsis mencionada em Jn 1:3; 4:2, ficava ao sul da Espanha, sendo no tempo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande perseguidora dos cristãos durante a Idade Média, especialmente através dos tribunais da sinistra Inquisição.
17- Palestina ou Canaã, Deixamos a Palestina por último porque dela nos ocuparemos mais demoradamente. É a mais importante terra bíblica por várias razões
a- Alguns fatos sobre a Palestina
Foi prometida por Deus aos hebreus, Gn 15:18; Êx 23:31. É, sob o ponto de vista Divino, o centro geográfico da terra, Ez 5:5; 38. 12b. Melhor terra do mundo, Ez 20:6,15; Jr 3:19; Am 6:1. Se atualmente isto parece contraditório, a palavra profética assegura a sua restauração e esplendor no futuro. Os judeus seriam um povo destacado dos demais, Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7:14; Nm 23:9; Jr 49:31. Para que Deus chamou e elegeu a nação israelita: Gn 3:15; Êx 19:6; Dt 7:6; Rm 3:2; 9:4-5. Em suma: trazer o Messias ao mundo; produzir e preservar as Escrituras; ser um povo sacerdotal; e difundir o conhecimento do Senhor entre as nações.
b- Nomes pelos quais é conhecida a Palestina:
Canaã, Gn 13:12;
Terra dos Hebreus, Gn 40:15;
Terra do Senhor, Os 9:3;
Terra de Israel, 1Sm 13:19; Mt 2:20; 2Rs 5:2;
Terra de Judá, Judéia, Ne 5:14; Is 26:1; Jo 3:22; At 10:39;
Terra Formosa, Dn 8:9;
Terra Gloriosa, Dn 11:41;
Terra da Promessa, Hb 11:9;
Terra Santa, Zc 2:12; Sl 78:54 ARA;
Israel (modernamente).
Não há modernamente nenhum país chamado Palestina. O antigo país deste nome está hoje dividido entre a Jordânia e o moderno Israel.
c- Limites da Palestina
Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, na Arábia. (el Arish é o "rio do Egito" mencionado em Gn 15:18.)
Limite norte: Síria e Fenícia.
Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2.
Limite leste: Síria e Arábia.
d- Superfície da Palestina
Mais ou menos como a do nosso Estado de Alagoas. Comprimento: cerca de 250 km, de Dã a Berseba. Hoje: 416 km. Largura: 88 km (a maior). Hoje: 100 km. Essa extensão variou com as épocas e situações de sua história. Por exemplo: na época das 12 tribos - 26.400 km². A extensão atual é de cerca de 156.000 km².
e- Clima
O tipo de relevo do solo da Palestina resulta numa superfície muito variada, com muitas regiões elevadas e baixas, originando por isso toda espécie de climas, desde o tropical, no Jordão, até o de intenso frio no Hermom, a 2.815 metros de altitude. A faixa litorânea tem uma temperatura média de 21 graus C. No vale do Jordão a temperatura vai a 40 graus. A temperatura média de Jerusalém é de 22 graus. Janeiro é a época mais fria do ano, quando o termômetro. chega a 4 graus. É por essa variedade de climas que a Palestina presta-se a toda espécie de culturas.
f- Divisão política da Palestina
No Antigo Testamento foi a Palestina dividia entre as 12 tribos de Israel. Três tribos ficaram a leste do Jordão: Manassés (parcialmente), Gade, Rúben. Cinco ficaram na área litorânea: Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em parte), Judá. Quatro se estabeleceram na região central: Naftali, Zebulom, Issacar, Benjamim. Duas ficaram nas extremidades Norte-Sul: Dã (Norte), Simeão (Sul). A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos governos. Nos tempos do Novo Testamento a divisão política constava de cinco regiões: Judéia, Samaria, Galiléia, Ituréia, Peréia.
Durante o ministério de Jesus, seus governantes eram
Judéía e Samaria: Pôncio Pilatos (26-36 aD.) Pilatos era procurador romano. Sua capital política era Cesaréia; à beira-mar.
A capital religiosa: Jerusalém.
Galiléia e Peréia: Herodes Antipas (4 aC. a 39 aD.) Era filho de Herodes, o Grande. Jesus passou a maior parte de Sua vida no território sob a jurisdição desse Herodes. Às vezes, todo o leste do Jordão era chamado Peréia (Mt 4.25; Mc 3.8). O vocábulo Peréia significa literalmente "região além", isto é, além do Jordão, Mt 4:15; 19:1; Jo 10:40.
Ituréia e outros distritos menores: Herodes Felipe II (4 aC. a 34 aD.) O moderno território de Golã, em parte ora ocupado por Israel, integrava essa jurisdição (a antiga Gaulanites, Dt 4:43; Js 20:8.) É mencionada apenas uma vez no NT, em Lc 3:1. A Iduméia, no extremo sul do pais, integrava a jurisdição da Judéia. É mencionada apenas uma vez no Novo Testamento: Mc 3:8.
g- Mares
Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2; Nm 34.7. Outros nomes: Mar Ocidental (Dt 11:24; Jl 2:20) e Mar dos Filisteus, Êx 23:31. Mar da Galiléía, Mt 4:18; Mc 7:31. Outros nomes: Mar de Quinerete (Nm 34:11), palavra essa que originou Genezarete, outro nome desse mar, Lc 5.1. Também Mar de Tiberíades, Jo 6:1. É mar interior, de água doce. Mar Morto, Ez 47:8 ARA. Aparece com vários nomes no Antigo Testamento: Mar Salgado (Gn 14:3); Mar de Arabá (Dt 3:17); Mar da Planície (2Rs 14:25); Mar Oriental (Ez 47:18; Zc 14:8); Mar da Campina, Js 12:3. Fica situado a 395 metros abaixo do nível do mar. Evaporação média diária: 8 milhões de metros cúbicos de água! É 25% mais salgado que qualquer outro mar.
h- Rios
Todos os cursos d'água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca expressão. Jordão, Corre no sentido norte-sul. Nasce no Monte Hermom e deságua no Mar Morto. Querite, Desemboca no Jordão, margem oriental, defronte a Samaria. É umuádi, rio temporão. Cedron, Corre a leste de Jerusalém. Jaboque, Gn 32:22; Js 12:2. Afluente do Jordão, margem oriental. Iarmuque. Afluente do Jordão, margem oriental. Não mencionado na Bíblia. Deságua 6 km ao sul do Mar da Galiléia. Arnom, Nm 21:13; Js 12:2. É hoje o Mojib. Deságua no Mar Morto, margem oriental. Era o limite sul da Palestina, na frente oriental.
Quisom, 1Rs 18:40. Deságua no Mar Mediterrâneo, Monte Carmelo.
i- Montes. São de muita importância na Bíblia, Js 11:21.
Tabor, Jz 4:6; 8:18. Fica na Galiléia. Altitude: 615 metros. Crê-se que aí ocorreu a transfiguração de Jesus (Mt 17:1,2.).
Gilboa, 1Sm 31.8; II Sm 21.12. Fica em Samaria. Altitude: 543 metros.
Carmelo, 1Rs 18:20. Fica em Samaria. Ponto culminante: 575 metros. Fica no prolongamento que forma a baía de Acre, onde se localiza a moderna cidade de Haifa, Ebal e Gerizim, Dt 11:29; 27:1-13. Dois montes de Samaria. Moriá, Gn 22:2; 2Cr 3.1. Fica em Jerusalém. Aí Abraão ia sacrificar Isaque. Nele Salomão construiu o templo de Deus. Sião. Em Jerusalém. Altitude: cerca de 800 metros. O local e o termo Sião são usados de modo diverso na Bíblia. No Sl 133:36 Jerusalém. Em Hb 12:22 e Ap 14:1 é uma referência ao céu. Monte das Oliveiras. Em Jerusalém, Mt 24:3; Zc 14:4; At 1:13. Aí, Jesus orou sob grande agonia na noite em que foi traído. Sobre esse monte Jesus descerá quando vier em glória para julgar as nações.
Calvário, Pequena elevação fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco. Ver Lc 23:33. Calvário vem do latim "calvária" - crânio. Em aramaico é Gólgota - crânio, caveira, Mt 27:33; Jo 19:17. No local acima, em 1885 o general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de Cristo.
j- A Capital da Palestina: Teve várias sede, a saber
Gilgal. No tempo de Josué, Js 10:15.
Siló. No tempo dos juizes, 1Sm 1:24.
Gibeá. No tempo do rei Saul, 1Sm 15:34; 22:6.
Jerusalém. Da época de Davi em diante, 2Sm 5.6-9. Seu primitivo nome foi Salém, Gn 14:18, depois Jebus, Js 18:28 e por fim Jerusalém, Jz 19:10. Nos dias do Novo Testamento a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos.
Mispá, Jr 40:8. Por pouco tempo foi capital, durante o cativeiro babilônico.
Tiberíades. Foi outra capital da Palestina. Isso, após a revolta de Bar-Cócheba, em 135 a.D.
Detalhes complementares sobre Jerusalém como capital da Palestina. Fundada pelos hititas, Ez 16:3; Nm 13:29. Fica a 21 km a oeste do Mar Morto, e a 51 a leste do Mar Mediterrâneo. Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, a sudeste; Moriá, a leste; Bezeta, ao norte;Acra, a noroeste; Sião, a sudoeste. Na distribuição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de Benjamim, Js 18:28. Foi conquistada em parte por Judá, mas pertencia de fato a Benjamim, Jz 1:8,21. Tinha povo de Judá e Benjamim, Js 15:63. Não ficava no território de Judá (Is 15:8.) É chamada Santa Cidade, em Ne 11:1; Mt 4:5.
A cidade de Jerusalém, saindo do jugo romano, caiu em poder dos árabes em 637 a.D, e, salvo uns 100 anos durante as Cruzadas, foi sempre cidade muçulmana. Em 1518 os turcos conquistaram-na. Em 1917, os britânicos assumiram o controle, ficando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das Nações. A partir de 1948 passou a ser cidade soberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos árabes, os quais dela tinham se assenhorado na guerra de 1948. Reedificada sempre sobre suas próprias ruínas, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da Nova Jerusalém que se há de estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalém será então metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, quando estará vestida do seu prometido esplendor, Is 2:3; Zc 8:22; Jr 31:38. Nesse tempo Israel estará à testa das nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sob os escombros de muitos séculos, sob metros e metros de entulho.
1- Outras cidades da Palestina
Outras cidades importantes: Jericó, Hebrom, Jope, Siquém, Samaria, Nazaré, Cesaréia, Cesaréia de Filipe, Tiberíades, Capernaum (Cafarnaum).
Cidades visitadas por Jesus: Nazaré, Lc 4:16; Betânia, Jo 1:28; Caná, Jo 2:1; Sicar, Jo 4:5; Naim, Lc 7:11; Capernaum, Jo 6:59; Betsaida, Jo 12:21; Corazim, Mt 11:21; Tiro e Sidom, Mt 15.21; Cesaréia de Filipe, Mt 16:13; Jericó, Lc 19:1; Betânia, Jo 11; Emaús, Lc 24:13-14, 18.
Resumo histórico da Palestina até o tempo presente
Conquistada pelos israelitas sob Josué em 1451-1445 a.C.
Governada por Juízes: 1445-1110 a.C.
Monarquia: 1053-933 a.C.
Reinos divididos de Judá e Israel: 933-606 a.C.
Sob os babilônicos: 606-536 a.C.
Sob os persas: 536-331 a.C.
Sob os gregos: 331-167 a.C.
Independente sob os Macabeus: 167-63 a.C.
Sob os romanos 63 AC a 634 a.D.
Sob os árabes: 634-1517 AD.
Período das Cruzadas: 1095-1187. As Cruzadas foram tentativas do "Cristianismo" para libertar a Palestina das mãos dos muçulmanos árabes.
Sob os turcos (Império Otomano): 1517-1914. Os turcos são também muçulmanos, apenas com mais influência oriental.
Sob os ingleses, como protetorado, por delegação da Liga das Nações: 1922-1948.
Como nação soberana: a partir de 14/5/1948. Nessa data foi proclamado o Estado de Israel, com a estrutura de república democrática. O primeiro governo autônomo em mais de 2.000 anos! De agora em diante cumprir-se-á; Am 9:14,15.
CRÉDITOS
Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Retiro
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Módulo Avançado - 3.0 – SBB
Bíblia – ARA - SBB
Bíblia Sagrada - RC- SBB/1995
LIVRO DA EETAD - ANTONIO GILBERTO - BIBLIOLOGIA
SOMBRAS TIPOS, MISTÉRIOS DA BÍBLIA - CPAD - JOEL LEITÃO MELO
INTRODUÇÃO BIBLICA – PASTOR J. CABRAL
MANUAL DO ESTUDANTE - CPAD
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, ENCICLOPEDIA HISTORIA, FILOSOFIA, TEOLOGIA;
O NOVO TESTAMENTO COMENTANTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO Milenium
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, O ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Pastores Jorge Albertacci e Eliezer Dias Damasceno