Texto básico: Malaquias 2.12-16
Versículo-chave: Malaquias 2.15
“…Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”.
“…Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”.
Alvo da lição:
Ao estudar esta lição, você se dedicará de modo sábio e cristão à manutenção de um casamento saudável.
Ao estudar esta lição, você se dedicará de modo sábio e cristão à manutenção de um casamento saudável.
Leia a Bíblia diariamente:
seg 1Pe 3.9-12
ter Rm 12.14-21
qua Mt 19.4-6
qui Pv 4.25-27
sex Pv 14.1; 24.3-4
sáb Mc 10.2-12
dom Gn 2.18-25
seg 1Pe 3.9-12
ter Rm 12.14-21
qua Mt 19.4-6
qui Pv 4.25-27
sex Pv 14.1; 24.3-4
sáb Mc 10.2-12
dom Gn 2.18-25
A lição
de hoje trata de alguns princípios sobre a manutenção do casamento:
1. Casamentos são realizados com a previsão de
durarem a vida toda.
2. Os casamentos não duram a vida toda
naturalmente, sem algum esforço e cuidado.
3. Devemos descobrir e tomar atitudes claras e
eficazes para que o casamento seja durável.
O estudo
da lição não tem a intenção de acusar ou trazer um peso ainda maior aos que
experimentaram o divórcio. O fato é que mesmo as pessoas que passaram por
divórcio entendem que o casamento é feito para durar toda a vida. Também não
teremos segredos garantidos e fáceis para as pessoas permanecerem casadas, mas
alguns princípios que tenham fundamento na palavra de Deus, e que poderão
ajudar na construção de casamentos mais saudáveis e mais duráveis.
Quando
alguém assume um grande compromisso, geralmente, espera que logo acabe. Do
outro lado, quando alguém aceita um compromisso de longa duração, espera que o
valor do compromisso esteja diluído de tal maneira que se torne bastante
pequeno, aceitável. No casamento, as duas dimensões estão presentes: trata-se
de um compromisso intenso e, ao mesmo tempo, um compromisso extenso, para toda
a vida. Nossa lição evitará o trabalho de defesa da durabilidade do casamento,
e se dedicará a oferecer orientações básicas que ajudem as pessoas “na arte de
permanecerem casadas”.
I. Casamentos duráveis demonstram presença
equilibrada de amor e compromisso (Mc 10.7-8)
Aqueles
que são casados há muitos anos, geralmente, testemunham que “só o amor não
sustenta uma relação”. Aqueles que se separaram um dia demonstram na prática
que “só o compromisso não sustenta uma relação”. Ainda assim, ambos concordarão
que uma relação duradoura depende tanto de amor como de compromisso – muito
amor, e compromisso firme!
A maneira bíblica de descrever compromisso no
casamento está na célebre frase proferida em Gênesis (2.24-25) e pelo próprio
Senhor Jesus: “Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe e unir-se-á a sua mulher, e, com sua mulher, serão
os dois uma só carne” (Mc 10.7-8). Duas expressões são
especialmente contundentes ao ensinarem a intensidade do compromisso: “unir-se”
e “uma só carne”. Segundo os estudiosos, “unir-se” tem o significado de um elo
forte que não será jamais quebrado, envolvendo duas características: lealdade inabalável
e amor ativo, permanente, que não desiste. Do outro lado, tornar-se uma só
carne (que inclui relação sexual e todas as dimensões adicionais afetivas e
físicas) significa uma natureza de união tão forte que seria impossível desunir
(separar, cortar, dividir) sem que marcas profundas sejam manifestas. Para se
ter uma ideia da natureza desse modelo de união, a Bíblia o chama de mistério e
declara ser essa a representação mais completa do relacionamento entre Cristo e
Sua igreja (Ef 5.31-32).
Um compromisso
de tamanha magnitude e com tamanhas implicações não é assumido com facilidade.
Por isso, alguns chegam a temer o casamento. A base do comprometimento tem que
ser o amor, pois ele expulsa o medo (1Jo 4.18 NVI). Desse modo, enquanto o
compromisso dá sustentação para o sentimento de amor, o amor torna possível a
manutenção do compromisso.
II. Casamentos duráveis pedem manutenção
sistemática
A atitude
própria de todas as pessoas que adquirem um bem durável é programar-se para o
natural cuidado de sua manutenção. Assim fazemos quando adquirimos uma casa, um
carro ou mesmo algum eletrodoméstico. Na verdade, até mesmo a garantia da
maioria dos bens depende de sua manutenção adequada. O mesmo acontece quando se
deseja construir um casamento durável. Sem manutenção adequada, os casamentos
se tornam vulneráveis e frágeis.
Entre as
diversas formas de se cuidar da manutenção de um casamento, duas serão
destacadas aqui.
1. Disposição e capacidade de lidar
com conflitos
Podemos
evitar muitos dos conflitos que surgem no casamento bastando para isso uma
atitude mais cuidadosa por parte de cada um de nós. A disposição para aceitar
as diferenças, por exemplo, diminui de modo decisivo o potencial de um casal
para se envolver em conflito – homens são diferentes de mulheres (que bom!),
pessoas criadas na família “A” são diferentes de pessoas criadas na família
“B”, e assim por diante. Nossas diferenças se manifestam na maneira como
reagimos aos problemas, na escala de valores da família, no gosto por
alimentos, ambientes, humor e de tantas outras maneiras. Há casais que não
conseguem conviver porque um dos cônjuges deseja mudar o outro e fazê-lo ser
exatamente igual a ele. Há casos em que a disposição para “implicar” com o
outro e com a maneira de ele ser e perceber as coisas acaba por tornar
insustentável a vida comum.
O texto de 1Pedro 3.1-7 (NVI) oferece exemplo de
postura favorável para lidarmos com as diferenças quando orienta as mulheres
cristãs a tratarem até mesmo com um marido que não obedece à Palavra: “Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho
sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a
conduta honesta e respeitosa de vocês” (v.1-2). O ensino
alcança diversas áreas da vida familiar, e orienta também os homens a serem
sábios no convívio com a própria esposa… “e tratem-nas com honra, como
parte mais frágil e coerdeiras do dom da graça da vida…” (v.7).
2. Habilidade de lidar com mudanças
necessárias e inevitáveis
Além das questões que podem ser vistas como
“diferenças”, o casamento inclui enganos, erros e pecados por parte dos membros
da família. O fato é que somos pecadores! A maneira como lidamos com os nossos
próprios erros e com os erros do cônjuge será fundamental para definir a
continuidade saudável do casamento. Isso significa aprender a pedir perdão
(embora os exemplos bíblicos sejam tantos, temos a tendência de achar que é
humilhante pedir perdão, e acabamos optando por atitudes prejudiciais ao
casamento, como negar, “deixar o tempo passar”, ficar irritado quando
confrontado, culpar o outro, etc.), ter capacidade para entrar em acordo com o
outro e disposição para perdoar. A Bíblia nos ensina que devemos ser “uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns
aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef
4.32). Do outro lado, se existe um lugar em que deve ser aplicado o ensinamento
de Jesus a Pedro segundo o qual devemos perdoar nossos irmãos até “setenta vezes
sete”, esse lugar é no casamento.
A atitude de perdão, segundo a Bíblia, é antecedida
por uma cuidadosa advertência contra os pecados relacionais que nos dividem e
fazem nascer conflito. Em Efésios 4.25-31, somos exortados a ser cuidadosos
para “não mentir uns aos outros (v.25), não nos entregar à raiva de uns para
com os outros (v.26-27), não roubar uns dos outros (v.28), não dizer palavras
que machuquem uns aos outros (v.29), e viver (inclusive em casa) de maneira que
permaneça “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia” (v.31).
III. Casamentos duráveis recebem investimentos
constantes
Um
casamento saudável não se sustenta “naturalmente”, sem investimento.
1. De natureza física
Resumidamente,
o investimento no casamento inclui o cuidado com o corpo (higiene, saúde,
aparência…) e o uso de todas as potencialidades do corpo, incluindo as
expressões físicas de carinho (de caráter sexual ou não).
2. De natureza emocional
Podemos
investir no casamento também por meio do uso adequado das emoções,
especialmente quando oferecemos ao outro a segurança de que é importante,
especial, alvo de amor. O livro de Cantares tem sido usado como um verdadeiro
manual de investimento físico e emocional no casamento.
3. De natureza espiritual
Felizes
são os casais que oram um pelo outro e juntos, que leem a Bíblia e cultuam
juntos e que, especialmente, são capazes de aplicar os ensinamentos da palavra
de Deus nas atitudes diárias e em todas as dimensões do relacionamento conjugal
(veja Tg 1.22).
A Bíblia
trata bastante desse tipo de relacionamento de cumplicidade e proximidade.
·
Eclesiastes
4.9-12 registra que “Melhor é serem dois do que um,
porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o
companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o
levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se
aquentará?”
·
Provérbios
31 apresenta uma mulher chamada de virtuosa e diz que a vida em família é muito
agradável, entre outras razões, porque o marido confia na mulher (v.11),
e “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (v.12).
·
1Coríntios
13 lembra-nos ainda que, havendo amor, há paciência nos momentos de sofrimento,
confiança, e disposição para esperar e suportar as eventuais lutas da vida
(v.7).
Vale a pena observar alguns conselhos apresentados
pelo Dr. Ed Wheat no livro O Amor que não se Apaga.
a. Nada é tão essencial qual a saúde de seu
casamento e o desenvolvimento de união entre vocês.
b. Concentrar-se no conhecimento mútuo e em
construir um relacionamento íntimo agrada ao Senhor.
c. É necessário tempos juntos para lançar
adequadamente os alicerces do casamento.
d. É essencial que o marido aprenda a satisfazer
às necessidades da esposa.
e. O conhecimento do cônjuge é necessário a fim
de ver segundo os padrões bíblicos. Você deve conhecê-lo em profundidade se
quiser amá-lo, compreendê-lo e encorajá lo.
f. Os cônjunges devem ser companheiros de equipe
unidos para servirem a Deus eficazmente. Para vocês se tornarem uma equipe, é
preciso tempo e colaboração numa atmosfera tão livre de distrações quanto é
possível.
g. De acordo com a sabedoria de Criador, o
primeiro ano é crucial em todo casamento, devendo ser vivido com cuidado e
prudência.
Conclusão
Nesta
lição estudamos sobre a arte de permanecer casados – um casamento durável, para
a vida toda. Dois lembretes são importantes. Primeiro, que a vida é curta, e
devemos gozá-la com discernimento e alegria, sempre que possível, na companhia
da pessoa com quem nos casamos. Segundo, que não basta ter um casamento
duradouro. É preciso viver bem, com alegria e felicidade. Mais do que
aparências e convenções sociais, é preciso construir relacionamento saudável e
feliz, de modo que permanecer casados seja um privilégio, uma alegria, e não um
dever enfadonho e sofrido.